domingo, 2 de abril de 2023

A Páscoa

Chegados a Abril, mês que celebramos a Páscoa. 


Páscoa é uma celebração da tradição do cristianismo e relembra-nos os últimos atos da vida de Jesus Cristo. 
O termo Páscoa deriva do aramaico Pasha, que em hebraico se diz pesach, com um significado discutível: pode ser "saltar", originalmente em referência a uma dança ritual; 
mas também a passagem do sol pelo seu ponto mais alto numa determinada constelação. No livro do Êxodo, no Antigo Testamento (Ex. 12,26-32) o termo refere-se à noite em que Javé matou os primogénitos do Egito e poupou ("saltou") as casas de Hebreus, cujas ombreiras e dintel das portas estavam pintadas com o sangue do cordeiro pascal.
No entanto, para o Judaísmo a Páscoa, comemora a libertação dos hebreus através da passagem do Mar Vermelho, conduzidos por Moisés (Ex. 12, 1-13). Javé terá dito então a Moisés: "Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra ao Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua" (Ex. 12,14). 
Todavia, até à libertação do Egito, a Páscoa dos Hebreus era a festa dos cordeiros novos (com um ano), entre os pastores, e festa do pão novo, ou dos Ázimos, entre os agricultores. Por isso se dizia "comer a Páscoa" (Mt. 26,17). 

Elementos pagãos na Páscoa
O cristianismo, em geral, durante o processo de conversão de povos germânicos pagãos, apropriou-se de inúmeras tradições desses povos. A Páscoa, sobretudo no hemisfério norte, possui algumas associações com tradições pagãs. Alguns historiadores relacionam a Páscoa com o culto à deusa germânica Eostern, também chamada de Ostara. O termo Páscoa em inglês e alemão, inclusive, muito provavelmente tem sua origem baseada nessa deusa. Veja:
Easter, o termo em inglês para a Páscoa (perceba a semelhança com o nome “Eostern”);
Ostern, o termo em alemão para a Páscoa (perceba a semelhança com o nome “Ostara”).
As festas que aconteciam entre povos germânicos e celtas para essa deusa eram realizadas na mesma época da festa cristã. Com a cristianização desses povos, a tradicional festa pagã misturou-se com a comemoração cristã.
Atribui-se também os símbolos da páscoa – o coelho e os ovos – a elementos pagãos. Acredita-se que ovos e coelhos eram vistos por povos na antiguidade como símbolos da fertilidade. Assim, à medida que esses povos foram cristianizados, esses elementos foram sendo absorvidos pela festa cristã. A tradição de enfeitar os ovos e escondê-los teria chegado ao continente americano por meio de imigrantes alemães no século XVIII.

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