Balança é um signo duplo, o 2º nível do
elemento Ar, regido por Vénus. Traduz a empatia
emocional que nasce
do prazer de relacionamento.
Por ela se transcende a divisão entre o Eu e o outro, o peso de um Universo dividido.
Em Balança surge a primeira emoção de Unidade a
dois, única vibração que permite ao Eu
solitário sair da sua prisão interior.
É
o Amor, estado superior de um lento processo evolutivo. O Amor nasce de um sentimento de identificação.
É o
encontro do ser consigo, com o que lhe falta de si, através do outro a quem ama.
Nesse sentido, Amar
é descobrir no outro isso que em nós desconhecemos, o que não sabemos de nós próprios e que o
Ser Amado
pelo Amor nos revela. Como se através dele existíssemos mais, como se só então, pelo dinamismo
do relacionamento, pudéssemos existir na
totalidade.
O outro é o espelho, o pólo exterior
da minha imagem interior, nele de completa e
fecha o ciclo da minha identidade. Esta
é a experiência do signo de Balança, o reencontro da unidade na dualidade, pelo prazer de Amar.
Signo dual, aéreo, versátil, de complementaridade
venusiana, a Balança activa sem reservas mentais qualquer diálogo que adquira uma tonalidade emotiva. Presente no
diálogo, na palavra,
Vénus em Balança ama sem possuir. Não
discrimina, mas intui o que existe de idêntico em cada ser humano. Vive a emoção do amor pela troca de conhecimento. Em Balança, o amado
aparece como pólo
oposto e complementar, o que me faz conhecer inteiro, uno,
total.
O
Amor integra uma tensão de opostos. Transcende uma oposição, a confrontação de duas personalidades, daí uma alegria
nasce, e com ela, o sentimento de plenitude inerente ao prazer de amar. Amar é ver, conhecer, valorizar. Ao valorizar há encontro de mim no outro, projecção amorosa. Só esta liberta o homem da dualidade, do conflito,
da contradição. Amar é unir, refazer
o mundo. Ordenar o caos aparente, transformar o caos em Cosmos. Apreender no
efémero o que não pode morrer.